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Nem sempre é fácil escolher algo

Nem Sempre é Fácil escolher Algo 01

Nem sempre é fácil escolher algo

Nos dias de hoje, quando vamos escolher algo, seja um caminho, um produto, uma decisão a tomar ou o simples ato de tomarmos um café, temos inúmeros opções que não tínhamos no passado.

Há pouco tempo, quando íamos tomar um café tínhamos uma opção, ou no máximo duas. Café expresso ou coado? E se escolhêssemos o expresso, renunciamos apenas o coado, e vice e versa. Hoje em dia, temos, no ato de apenas apertar um botão, mais de 30 opções de sabores e origens de café e quando escolhemos um sabor, deixamos de lado 29 (seguindo o número citado), causando um efeito de perda muito maior que no passado. Antes renunciávamos apenas um café, mas hoje em dia a renúncia é muito maior.

Mas isso é bom ou ruim?

Por um lado, é ótimo termos opções de escolhas e liberdade para escolher um produto ou serviço dentro de um range de possibilidades maior. Por outro lado, quando escolhemos um produto específico, a quantidade de produtos que deixamos de lado é bem maior. Isso acontece com tudo, inclusive com candidatos em um processo de seleção, ou então decisões que tomamos ao longo do dia. Isso gera uma sensação de perda ainda maior.

Tomamos decisões o tempo todo e a variedade de opções pode causar uma paralisia na decisões e ausência de liberdade.

No livro o Paradoxo da Escolha de Barry Schwartz, ele comenta sobre um tema que muitos devem pensar: por qual motivo as pessoas, mesmo com tantas opções de escolha como jamais tivemos antes, se sentem infelizes ou confusos na hora de comprar um produto?

Para ele, há quatro fatores para esta insatisfação no momento que tomamos uma decisão diante de inúmeras possibilidades:

1-  O custo de oportunidade 

Quando temos diversas opções, temos sempre que escolher um caminho e deixarmos os outros de lado e não há escolha perfeita. Sempre quando temos uma escolhe, abrimos mão de benefícios que possivelmente as outras escolhas trariam. Isso é custo de oportunidade.

2-  Arrependimento

Todas as decisões vão ter os arrependimentos como acompanhamento, ainda mais quando se tem dúvida da decisão tomada, ou seja, quase sempre. Nos arrependemos daquilo que deixamos de escolher.

3-  Capacidade de adaptação

Fazemos uma escolha com base na premissa que o caminho que escolhemos é melhor do que o caminho que renunciamos. Contudo, este cenário pode mudar por diversos motivos e isso gerará dúvida na decisão tomada. Isso acontece porque o cenário está mudando todo tempo e toda mudança requer uma reavaliação da decisão.

4- E por último, peso da comparação

A grama do vizinho é sempre mais verde que a nossa, porém devemos sempre lembrar que não foi este caminho que escolhemos. Estamos o tempo todo nos comparando, mas isso não leva a lugar algum, a não ser aumentar a dificuldade da decisão que tomamos.

E você como está lidando com suas decisões? 

A sugestão para minimizar este efeito do paradoxo da escolha:

1- Em primeiro lugar, deixar as comparações de lado e focar na decisão tomada. Sempre haverá custos de oportunidades que serão deixados de lado com uma decisão. É preciso focar na decisão tomada e não mais retomar as análises com os caminhos que não foram os escolhidos.

2- Em segundo lugar, devemos lembrar que se tivéssemos tomado outra decisão ou outro caminho, teríamos nos arrependido de não ter escolhido o caminho que estamos, então isso é paradoxal. O arrependimento sempre irá existir e devemos aprender a lidar com ele.

3- O mundo sempre está mudando e os caminhos também, logo, se escolheremos um caminho A e o caminho B que renunciamos mudar, devemos sempre focar em nossa escolha, pois há adaptações a serem feitas o tempo inteiro. Quando escolhemos uma televisão de uma certa marca, por exemplo, a marca que não não escolhemos pode lançar um novo modelo mais atualizado do que o que escolhemos. OK. Isso faz parte da decisão.

4- E por último, jamais se comparar. A comparação não faz sentido algum, pois na maioria das vezes nos comparamos com um lugar que não nos pertencia, não nos pertence e não nos pertencerá, logo, não é o lugar que escolhemos estar. Dito isso, a única comparação que faz sentido é com você mesmo, e o ideal é hoje estar melhor que ontem, mas pior que amanhã.

Conclusão

As nossa escolhas devem nos fazer melhor e no final das contas, é isso que importa. As escolhas devem nos levar para mais perto de nossos objetivos e quando tomamos uma decisão, o próximo passo é ter foco, deixando para trás tudo que renunciamos.

Para minimizar estes efeitos do paradoxo da escolha, quando tiver uma decisão para tomar, crie uma árvore de decisão, isto é, com os prós e contras das opções. Quando tiver algum dos 4 sintomas mencionados, revisite a árvore de decisão e lembre-se que tomou a decisão baseado em alguns critérios racionais na época da decisão, e lembre-se que analista do dia seguinte é fácil de ser.

Foco no futuro e nas decisões tomadas.

E como está a saúde de suas decisões?